De 11 a 16 de Novembro, as irmãs juniores das Filhas de Maria Auxiliadora, estiveram reunidas em formação, na Província do Lubango, no Mosteiro das Irmãs Clarissas.
Tiveram como tema: A INTEGRAÇÃO AFETIVA RUMO A UMA AUTONOMIA DA JOVEM MULHER CONSAGRADA, orientado pela Irmã Eurídice Filipe (Didi), que ajudou a aprofundar o tema, partindo das Constituições que espelham a Castidade como um dom de Deus e ajuda a viver bem a afectividade, porque a missão da Filha de Maria Auxiliadora entre os jovens exige que a Castidade seja para ela, como nos ensina o Fundador Dom Bosco, uma característica peculiar, segundo o artigo 14 das Constituições.
“A integração afetiva rumo a uma vida autónoma da mulher consagrada, levou-nos a aprofundar o Livro de Oseias 2,16-22, o Senhor vai seduzir-nos ao deserto e falar-nos-á ao coração…
Podemos também compreender que a afetividade é um dom de Deus que precisa ser realmente ordenada pela castidade para o verdadeiro bem. Ela designa a qualidade que abrange todos os fenómenos afectivos, sem a afectividade nossa vida psíquica fica ociosa, incolor, sem sabor e quiçá sem sentido. Porque o facto de sermos mulheres consagradas não nos torna em anjos continuamos a ser mulheres autênticas no seu todo, com sentimentos e desejos, assim podemos citar cinco tipos básicos de vivências afetivas: humor ou estado de ânimo, emoções, sentimentos, afectos e paixões.
Para sermos verdadeiras consagradas depende muito da nossa decisão, do nosso ser religiosa, precisamos integrar todos os nossos desejos, sentimentos e saber dar nome, pois reprimi-los não nos ajudará, precisamos saber nos posicionar, saber que Deus chama-nos tal como nós somos com a nossa história, com todo nosso ser, e é a partir dessa história que Deus vai fazer o seu caminho em nós.
Abordamos também a questão da sexualidade que engloba todo nosso ser, porque o ser humano é por natureza um ser sexuado. E quando nos comprometemos com a vida consagrada não nos propomos uma vida assexuada, estéril ou sem amor, o religioso deve ser alguém muito masculino e a religiosa, muito feminina, a pessoa consagrada por sua consagração não diz não à sua sexualidade.
A nossa formação foi muito proveitosa, tendo momentos de reflexões em grupo e iluminações vindas da formadora que ajudou-nos a aprofundar o tema e os subtemas de cada dia. Isto ajudou-nos também a interagir uma com as outras e partilharmos as nossas experiências tanto pessoas como na missão.
A mulher consagrada fez a sua escolha pra Cristo e Cristo deve ser o nosso único bem.
Agradecemos a irmã Didi pela orientação do tema, pela sua paciência e pela sua abertura em explicar-nos o tema, a irmã Filomena da equipa formadora da Visitadoria que esteve connosco em todos os momentos, o nosso muito obrigada”.
Ir. Joana Panzo, em nome das junioras